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Ciência e religiosidade em tempos de pandemia

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Hoje é o dia nacional da ciência e do pesquisador científico. A data tem como objetivo chamar a atenção para a produção científica do país, estimular o gosto dos jovens pela pesquisa e revelar os seus achados para a sociedade. As descobertas científicas movidas pela curiosidade humana, ao longo da história, foram capazes de transpor novas fronteiras do conhecimento, tornando o ser humano mais sábio, o que, consequentemente, colaborou para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. O envolvimento do homem com a ciência proporcionou mais saúde e mais tempo de vida, a criação de máquinas e equipamentos que permitiram a exploração do universo, a maior integração dos povos por meio de canais de comunicação e meios de transportes.

Atualmente, muitos afirmam que a ciência é a única saída para o caos que estamos vivendo, em decorrência da pandemia. Por isso, a ciência passou a ser a protagonista dos governantes, uma vez que o mundo está voltado para descobrir a vacina para o vírus que mudou o estilo de vida dos povos e expôs de forma escancarada as deficiências e fragilidades dos governos.

Muito embora a ciência seja o caminho mais viável para a superação do problema atual, há uma parte da população que entende que ela não pode estar desassociada da religião. Por mais que ao longo dos séculos tentaram separá-los, há estudos que afirmam que os dois trabalhando juntos são mais eficientes e produzem melhores resultados. Nesse sentido, nos últimos anos, neurocientistas têm levado a sério a frase de Albert Einstein que diz: "A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega". Diferentes estudos realizados demonstraram que a religião afeta o comportamento e o organismo humano. Um dos trabalhos mostrou que pessoas ligadas às atividades espirituais possuem maior ativação de regiões cerebrais conectadas à empatia, à capacidade de se colocar no lugar do outro e à sociabilidade do que os sem religião, cujas mentes se mostram mais ativas em áreas relacionadas à razão.

O cientista, microbiologista e geneticista suíço Werner Arber, Nobel de Fisiologia e Medicina em 1978, prova que ciência e religiosidade podem andar juntas, ao afirmar: "Sei que o conceito de Deus me ajudou a lidar com muitas questões na vida, guiou-me em situações críticas e o vejo confirmado em muitas ideias profundas sobre a beleza do funcionamento do mundo".

Independentemente de a ciência avançar e alargar fronteiras, sempre que novos problemas e questionamentos são feitos, levando à produção de mais respostas e descobertas, nesse momento de isolamento, quando todos estão mais em contato com as suas incertezas e fragilidades, é a religiosidade que tem sido a maior aliada de muitas pessoas. Ela tem proporcionado o equilíbrio e colaborado na saúde mental de muitos. Enquanto se discute a busca da vacina e meios de reduzir a transmissão e propagação do vírus, é a religiosidade de cada um que dá o suporte para a transição desse período. Até que a cura seja descoberta, para a qual, infelizmente, não há prazo, só resta a esperança, sustentada pela espiritualidade e pela fé.

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